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O vereador Carlos Bolsonaro (PL) apresentou, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, um projeto de lei que visa proibir a inclusão de cardápios vegetarianos e veganos nas creches e escolas públicas da cidade. Na justificativa do projeto, ele afirma que a pauta da alimentação sem produtos derivados de animais foi “sequestrada pela militância mais radical da esquerda”. A proposta ainda pretende coibir professores de debater sobre o tema entre os alunos, sob qualquer contexto educacional, seja durante aulas regulares, seminários, excursões ou palestras. O vereador alega que existem controvérsias sobre o vegetariano e veganismo, apontando que a mudança na alimentação contradiz um suposto “carácter onívoro milenar” do ser humano. O vereador ainda acrescentou um discurso negacionista, contra o aquecimento global, que chamou de “besteira” e as mudanças climáticas, que classificou como “estupidez aguda e presunção boçaloide”.
“Queremos evitar que o Estado se intrometa numa particularidade que inequivocamente pertence às famílias, que não são obrigadas a adotar agendas militantes a título de ‘alimentação saudável’ ou em função de ecofanatismos alheios, que ao cabo e ao fim é do que trata hoje boa parte da agenda vegetariana/vegana a despeito da boa vontade e honestidade de alguns grupos de praticantes”, diz trecho do projeto que ignora restrições alimentares e dietas religiosas, que utilizam o cardápio vegetariano como uma alternativa ao cardápio tradicional.
É importante ressaltar que projetos que visam criar opções vegetarianas e veganas em escolas não excluem a oferta de alimentos derivados de animais, como a carne, apenas ampliam o cardápio para incluir pessoas que adotam esse tipo de alimentação.