Sob o comando da arquiteta curitibana Heloisa Strobel, a marca Reptilia fez sua estreia na 57ª edição da SPFW na noite desta terça-feira (10) – data
Sob o comando da arquiteta curitibana Heloisa Strobel, a marca Reptilia fez sua estreia na 57ª edição da SPFW na noite desta terça-feira (10) – data que marca o segundo dia da temporada de moda nacional.
Nomeada de “Indelével”, a coleção, apresentada no shopping JK Iguatemi, desfilou mais de 30 looks com texturas diferenciadas para garantir uma atmosfera modernista, explorando peças bem funcionais.
Apresentando peças duráveis, que não desaparecem com o tempo, a etiqueta é uma aposta de moda feita por mulheres, com produção à mão.
Em entrevista à CNN, a diretora criativa da etiqueta reflete sobre a importância de levar o seu trabalho para a edição.
“A passarela é muito impactante. É um processo que envolve muita energia. A gente fica aqui atrás, se prepara e quando vê acontecendo, é como um explode coração”, conta.
“É importante estar aqui e mostrar o nosso trabalho, a gente faz moda brasileira, a gente faz moda criada por mulheres e isso precisa ser explorado”, acrescenta Heloisa.
Na passarela, além da cartela de cores ácidas, incluindo tons de verde, azul e vinho, a proposta foi celebrar uma década de moda autoral no país, com design voltado para rotinas urbanas, peças versáteis e desmontáveis.
A escolha do casting diverso, composto, em parte, por modelos 40+ chamou a atenção. Entre as desfilantes da noite, estavam Marina Dias, Neon Cunha e Rosa Saito.
Golas, recortes, botas, veludo, alfaiataria e acessórios, assinados por Carlos Penna e Márcio Krakhecke, também estiveram presentes na aterrisagem da Reptilia.
Ainda em conversa com a CNN, Heloisa destacou as dificuldades em se fazer moda no país.
“Olha, eu comecei a Reptilia há 10 anos. Eu falo de sustentabilidade nas peças e de sustentabilidade como negócio. A moda é a segunda indústria que mais emprega no Brasil e a gente precisa manter essa força matriz funcionando”, comenta.
“No entanto, isso precisa acontecer de forma ética, sustentável, consciente. Hoje, o grande desafio é fazer uma moda com melhor impacto, com uma agenda, com questões que a gente precisa trabalhar e melhorar na indústria”, garante.