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O governo de Amsterdã proibiu, na quarta-feira, 17, a construção de novos hotéis, plano que faz parte da luta da Holanda contra o turismo em massa. Agora, um novo empreendimento hoteleiro só pode ser construído quando outro fechar ou caso ele seja considerado melhor que o anterior.
“Queremos tornar e manter a cidade habitável para residentes e visitantes. Isso significa: nada de turismo excessivo, nada de novos hotéis e não mais de 20 milhões de pernoites de turistas em hotéis por ano”, afirmou o governo em um comunicado.
A regra, no entanto, não se aplica a hotéis que já obtiveram licença anteriormente. Nos últimos anos, a cidade tem tentado limitar o números de turistas, que chega a milhões por ano. Grande parte desse turismo é voltado para sexo e drogas, no distrito da luz vermelha.
A mais recente mudança faz parte de uma série de medidas que a capital holandesa tem tomado para mitigar o problema. No ano passado, por exemplo, a Câmara Municipal de Amsterdã votou pela proibição de cruzeiros e o encerramento dos terminais para grandes navios. Além disso, o uso de cannabis também foi proibido nas vias públicas, sendo permitido apenas em lojas específicas e domicílios. A visita guiada no distrito da luz vermelha, que passava por vitrines de profissionais do sexo, também foi proibida.
Com menos de 1 milhão de habitantes, a capital atrai mais turistas que residentes todo mês. Em 2023, Amsterdã recebeu mais de 20 milhões de visitantes. Segundo uma pesquisa realizada pela VisaGuide.World, a cidade se tornou a mais turística da Europa, ultrapassando destinos populares como Roma, Paris e Londres.