Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado uma epidemia de dengue. Desde janeiro, já foram registrados mais de 3,5 milhões de casos prováveis da doen
Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado uma epidemia de dengue. Desde janeiro, já foram registrados mais de 3,5 milhões de casos prováveis da doença e são mais de 1,6 mil mortes mortes confirmadas, segundo o Ministério da Saúde. Com a chegada do outono, doenças respiratórias, que são comuns nesta época, casos de influenza e Covid-19 também estão aumentando.
Saber diferenciar os sintomas de dengue, Covid-19, influenza e rotavírus é importante para o diagnóstico. Ambas as doenças têm sinais semelhantes, porém existem características divergentes em cada uma delas.
Fazer essa distinção é fundamental para o tratamento, já que existem medicamentos que são contraindicados no caso de dengue, que pode fazer com que a infecção evolua para casos graves.
Segundo a infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Mirian Dal Ben, todas essas doenças, dengue, Covid, influenza e rota, apresentam sintomas que são comuns, mas existem alguns que podem diferenciar: “Covid e influenza costumam dar tosse, o nariz entupido, que dengue e rotavírus não dão. Às vezes, influenza pode dar diarreia, Covid também. Mas um quadro muito mais importante de diarreia, a gente acaba pensando mais em rotavírus ou dengue. Mas, no final das contas, a gente acaba fazendo exames mesmo pra poder diferenciar uma coisa da outra”, explica infectologista.
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas da Covid-19 são:
Já os sintomas de dengue são:
Sintomas Influenza:
Sintomas Rotavírus:
Além disso, a dengue pode, em casos mais graves, levar à dor abdominal intensa, sangramento nas mucosas, queda na pressão arterial e hepatomegalia (aumento do fígado). Essas são características da dengue hemorrágica, quadro mais grave da doença.
Saber identificar os sintomas de cada doença pode ajudar a diferenciar o diagnóstico, mas a confirmação somente é feita através de testes laboratoriais.
Essas doenças podem afetar todas as faixas etárias, mas alguns grupos estão mais suscetíveis a desenvolver quadros graves da infecção e complicações que podem levar ao óbito.
“Pacientes imunossuprimidos com algum problema na imunidade, idosos, crianças pequenas, principalmente menores de 2 anos, sempre são grupo de risco pra qualquer dessas quatro doenças. E tem alguns grupos de risco específicos, então, a gente sabe, por exemplo, que pacientes obesos, gestantes, são grupo de risco pra influenza e pra Covid, dengue também, gestantes é um grupo de risco. Então, obesidade, principalmente pra influenza e Covid, tabagistas também, mas, no geral, o grupo de risco comum pra elas todas são idosos, imunocomprometidos e crianças pequenas, pessoas com comorbidades”, explica Mirian.